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Acadêmicos e professores são convidados à participar de celebração em homenagem ao Papa Francisco
  • 22/04/2025
  • FAPAS

Acadêmicos e professores são convidados à participar de celebração em homenagem ao Papa Francisco

Nesta quarta-feira, 23 de abril, a Comissão de Educação e Cultura da Arquidiocese de Santa Maria convida para participar da Celebração Eucarística em honra ao Papa Francisco e seu legado deixado à Educação. O convite é aberto aos professores e acadêmicos da Fapas e demais instituições de ensino da cidade.

Data: 23 de abril, quarta-feira
Local: Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira
Horário: 10h
Presidência: Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria

De acordo com o coordenador do curso de Teologia, professor Mércio Cauduro, para que a acadêmicos e professores do Curso de Teologia da Fapas possam participar desta celebração, no dia 23/04 haverá aula normal, segundo o horário, até às 9h10. Em seguida todos são convidados a deslocar-se até o Santuário Basílica para a homenagem ao Santo Padre Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025. 

 

O falecimento do Papa Francisco

No dia 21 de abril de 2025, às 7h35 da manhã, o mundo recebeu a notícia do falecimento do Papa Francisco, no Vaticano, o 266º sucessor de Pedro. A data, já significativa para a Igreja por marcar os 230 anos do nascimento de São Vicente Pallotti — fundador da Sociedade do Apostolado Católico e da União do Apostolado Católico —, tornou-se ainda mais simbólica ao acolher a partida de um dos papas mais marcantes da história contemporânea.

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936, foi o primeiro papa jesuíta e o primeiro sul-americano a assumir a Cátedra de Pedro. Desde o início de seu pontificado em 13 de março de 2013, escolheu um nome inspirado em São Francisco de Assis, sinalizando sua missão: uma Igreja pobre para os pobres, comprometida com a paz, o cuidado com a criação e a fraternidade universal.

Seu pontificado foi marcado por gestos de simplicidade, palavras de misericórdia e reformas internas corajosas. Francisco preferiu viver na Casa Santa Marta em vez dos aposentos papais, usava sapatos simples, e frequentemente pedia: “Rezem por mim”, invertendo a lógica da autoridade e colocando-se como servo.

Uma Igreja em Saída e Sinodal 

Um dos conceitos centrais de seu magistério foi a ideia de uma 'Igreja em saída' — uma Igreja que não espera pelos fiéis dentro dos templos, mas que vai ao encontro dos que sofrem nas periferias geográficas e existenciais. Essa visão foi amplamente desenvolvida em sua primeira Exortação Apostólica pós-sinodal, Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), publicada em 2013, na qual convocou todos os batizados a serem missionários ativos, num espírito sinodal de participação, comunhão e missão.

Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco escreveu quatro encíclicas: Lumen Fidei (2013), Laudato Si’ (2015), Fratelli Tutti (2020) e, mais recentemente, Laudate Deum (2023).

Francisco também foi um incansável defensor da ecologia integral, como expressa a encíclica Laudato Si’, na qual denunciou o descaso com a criação de Deus e apelou à responsabilidade coletiva pelo cuidado da Casa Comum. Nessa obra, ele uniu ciência, espiritualidade e justiça social, oferecendo uma visão que ultrapassou fronteiras religiosas e políticas.

Misericórdia e Diálogo

Com o Jubileu da Misericórdia em 2015, o Papa quis relembrar que Deus não se cansa de perdoar. Francisco insistiu na escuta, na inclusão e no acolhimento. Foi firme em lembrar que a Igreja não é uma alfândega da fé, mas um hospital de campanha, pronta para curar feridas e acolher os feridos da vida.

Seus encontros com refugiados, seus pedidos de perdão pelos erros da Igreja, e sua busca constante pelo diálogo com outras religiões, especialmente com o Islã e o Judaísmo, revelaram um coração profundamente pastoral e universal.

Peregrino de Esperança 

Proclamou o Jubileu de 2025 com o tema 'Peregrinos de Esperança', pois, diante de tantas incertezas, guerras, dores e sofrimentos, Francisco nos convidou a olhar para Cristo, nossa única e verdadeira esperança.

Uma Morte com Sinais

A morte de Papa Francisco no dia 21 de abril de 2025 comoveu o mundo inteiro. Justamente no jubileu palotino dos 230 anos do nascimento de São Vicente Pallotti, outro grande promotor do apostolado leigo e da comunhão na Igreja, Francisco encerrou sua missão.

Pallotti sonhava com uma Igreja viva, participativa, em que todos os batizados se reconhecessem missionários. Esse sonho foi encarnado em muitos aspectos pelo Papa Francisco, que recuperou a importância dos leigos, das mulheres e dos povos esquecidos na missão evangelizadora.

Um Legado Vivo

O Papa Francisco parte, mas sua voz ecoará por gerações. Sua coragem profética, sua ternura pastoral, sua fidelidade ao Evangelho e sua devoção a Nossa Senhora o tornam um dos líderes mais amados da história recente. Ele nos ensinou que o verdadeiro poder é o serviço, que a santidade se constrói no cotidiano, e que a alegria cristã nasce da esperança.

A Igreja chora, mas também agradece. Francisco, o Papa do povo, retornou à casa do Pai. São Vicente Pallotti, rogai por ele. E que o seu legado continue a nos inspirar!

 

Texto com apoio de Pe. Judinei Vanzeto, SAC – Jornalista 

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